MAIS SEGURANÇA - segurança do trabalho - 17/02/2019
A nossa meta é ajudar profissionais do Brasil a deixarem seus ambientes de trabalho cada vez mais seguros e com menos riscos de acidentes. E com esta animação, sugerimos riscar metas e tirar planos do papel.
Neste post, vamos falar sobre GHE – o que é e quais são as vantagens de estabelecer em sua empresa.
O Grupo Homogêneo de Exposição (GHE) aparece no anexo 13-A da NR 15, na NR 22, em Instruções Normativas, do INSS e, também, nas NHO 01 e NHO 06, da FUNDACENTRO. Tem origem no Exposição Profissional - Manual de Estratégia de Amostragem, da NIOSH. Ele é obtido na elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), na etapa de caracterização básica da unidade. O GHE serve, basicamente, para facilitar o mapeamento dos riscos dos ambientes físicos da empresa, onde os trabalhadores exercem atividades em ambientes de risco semelhante.
A Instrução Normativa nº. 1 de, 20/12/1995 do MTE diz:
"O grupo homogêneo de exposição corresponde a um grupo de trabalhadores que ficam expostos de modo semelhante, de forma que o resultado da avaliação da exposição de qualquer trabalhador, ou do grupo, seja representativo da exposição do restante dos trabalhadores do mesmo grupo."
Uma das principais vantagens que o GHE oferece aos profissionais de segurança e saúde do trabalho, é a autonomia para que o SESMT atue de forma independente do setor de Recursos Humanos. Dessa forma, a prevenção de acidentes pode ser ligada diretamente a cada ambiente, dando ao profissional de segurança o poder de escolher o tipo de avaliação/monitoramento/periodicidade necessária ao ambiente, bem como escolhas de EPC, EPI e elaboração de PPRA.
Basicamente, um Grupo Homogêneo de Exposição permite definir a tendência de exposição de todo um grupo, com um número menor de amostras.
Pontos de Atenção
A escolha dos Grupos Homogêneos de Exposição (GHE) ocorre durante a fase de levantamento de dados (caracterização básica da unidade), no momento em que se processam as etapas de reconhecimento e prioridades de avaliação.
As variáveis que influenciam nessa escolha são:
- Tipo do processo/operação: neste momento, é importante identificar com cuidado o local de trabalho e atividades realizadas.
- Atividades/tarefas dos trabalhadores: aqui é onde deve-se verificar pela função e se as atividades exercidas são verdadeiramente iguais. Essa análise é fundamental para a eficiência do Grupo.
- Possíveis desvios de função: nessa fase, a atenção deve ser direcionada para a tarefa que o trabalhador executa. Uma boa conversa com o colaborador ou com seu líder que já é o suficiente para esse ponto.
- Variações: O GHE se refere a trabalhadores que tenham a mesma exposição, por isso, é importante ficar atento para trabalhadores que executem funções diferentes. Anote: turnos de trabalho diferentes também podem indicar variações na exposição dos agentes agressivos.
- Número de amostras: Para um GHE eficiente, é importante que o número de amostras seja pré-determinado.
Também é importante se atentar em:
- AGENTES AMBIENTAIS, FONTES, TRAJETÓRIAS, MEIOS DE PROPAGAÇÃO.
- INTENSIDADE/CONCENTRAÇÃO DOS AGENTES.
- IDENTIFICAÇÃO E NÚMERO DE TRABALHADORES.
- AGRAVOS À SAÚDE DOS TRABALHADORES.
- FREQUÊNCIA DAS OCORRÊNCIAS.
- INTERFERÊNCIA DE TAREFAS VIZINHAS.
Uma vez mapeados os riscos, o GHE permite dividir a exposição dos trabalhadores em grupos e visualizar, de uma forma ainda mais ampla, as formas de proteção que podem ser colocadas em prática naquela área.
Fontes: NWN e DU PONT.
Cláudio Cassola é especialista em segurança e saúde do trabalho e diretor técnico da MAIS SEGURANÇA - segurança do trabalho
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