REVISTA CIPA - 28/04/2016
O 28 de Abril é conhecido como Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas trabalho. A data foi instituída pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) em 2003, em alusão ao ocorrido nesta data, no ano de 1969, onde 78 trabalhadores de uma mina no Estado de Virgínia, nos Estados Unidos, morreram devido a uma explosão. Muito anos depois, campanhas ao redor do mundo continuam lutando por mais segurança e saúde nos ambientes de trabalho.
No Brasil, a Lei nº 11.121/2005 instituiu o mesmo dia como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. A data homenageia mas também volta as atenções e preocupações para o outro lado do trabalho: o que acidenta, incapacita e mata.
O trabalho não envolve somente riscos de acidentes, mas também o de doenças. No mundo inteiro são mais 160 milhões de pessoas que sofrem com doenças ocupacionais não letais e mais de dois milhões de pessoas morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas ao trabalho.
No Brasil, dados do último Anuário Estatístico da Previdência Social destacam que durante o ano de 2014 foram registrados no INSS cerca de 704,1 mil acidentes do trabalho.
Comparado com 2013, houve um decréscimo de 2,97%. Mesmo com essa singela redução, é um número extremamente assustador.
A prevenção deve ser uma responsabilidade igualmente compartilhada. Assim, a partir de posturas colaborativas e dos exemplos de liderança por parte da empresa, e por todos os envolvidos, esse quadro chocante poderá mudar.
Estresse
Para este ano de 2016, o mote da OIT (Organização Internacional do Trabalho) está voltado ao “Estresse no trabalho – Um desafio coletivo”.
Atualmente, muitos trabalhadores estão enfrentando uma pressão maior para atender às exigências da vida de trabalho moderno. Os riscos psicossociais, tais como o aumento da concorrência, as mais altas expectativas sobre o desempenho e mais horas de trabalho estão contribuindo para o local de trabalho se tornar um ambiente cada vez mais estressante.
Com o ritmo de trabalho ditado por comunicações instantâneas e elevados níveis de concorrência global, as linhas que separam o trabalho da vida estão se tornando cada vez mais difíceis de identificar. Além disso, devido às relações trabalhistas significativas e a recessão econômica atual, os trabalhadores estão experimentando mudanças organizacionais e de reestruturação, oportunidades de trabalho reduzidas, aumentando o trabalho precário, o medo de perder seus empregos, demissões em massa e desemprego e diminuição da estabilidade financeira, com graves consequências para a sua saúde mental e bem-estar.
Segundo a OIT, nos últimos anos tem sido crescente a atenção para o impacto dos riscos psicossociais e estresse relacionado ao trabalho entre pesquisadores, profissionais e governo. O estresse relacionado ao trabalho é geralmente reconhecido como um problema global que afeta todos os países, todas as profissões e todos os trabalhadores, tanto nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Neste contexto complexo, o local de trabalho é ao mesmo tempo uma fonte importante de riscos psicossociais e o local ideal para resolvê-los, a fim de proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.
A Organização Internacional do Trabalho, que consagrou o Dia Mundial da SST em 2003, divulgou o tema para campanha global desse ano: “Estresse no trabalho: um desafio coletivo”. A proposta da OIT é chamar a atenção para as tendências globais atuais em relação ao estresse relacionado ao trabalho e seu impacto na saúde dos colaboradores e no mercado.
Fonte: http://revistacipa.com.br
Cláudio Cassola é especialista em segurança e saúde do trabalho e diretor técnico da MAIS SEGURANÇA - segurança do trabalho
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