REVISTA EXAME - 12/06/2014
Especialista explica os direitos e deveres dos “pombinhos” no local de trabalho e se as empresas podem mesmo proibir relacionamentos entre seus funcionários
A princípio não existe nada na legislação que impeça isso. No entanto, como em tudo que fazemos, deve sempre haver bom senso.
Se você é o chefe, deve estar sempre atento para que suas ações não acabem privilegiando seu parceiro em detrimento dos outros colaboradores.
Se você é o funcionário, também precisa saber como se dirigir ao seu chefe, sem desautorizá-lo na frente dos colegas, por exemplo, com o uso de apelidos carinhosos ou brigas de casal.
Muitas empresas proíbem o relacionamento entre colaboradores, seja entre chefe e subordinado, seja entre colegas, com a justificativa de que esse tipo de relação mais atrapalha do que acrescenta ao ambiente de trabalho.
Contudo, as decisões da Justiça do Trabalho vão no sentido contrário e afirmam que o empregador não pode proibir os relacionamentos amorosos entre funcionários, uma vez que faz parte da natureza humana se relacionar e não pode o empregador interferir na vida pessoal dos trabalhadores.
Por outro lado, a empresa pode apresentar limites a esse tipo de situação. Por exemplo, coibindo o envio de mensagens pessoais através do e-mail corporativo ou do celular corporativo. Ou ainda, orientando quanto à troca de gestos carinhosos em público e exigindo postura profissional no local de trabalho.
Fonte: Revista Exame
Cláudio Cassola é especialista em segurança e saúde do trabalho e diretor técnico da MAIS SEGURANÇA - segurança do trabalho
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