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Mulheres recebem renda 17% inferior à dos homens por hora trabalhada, aponta OIT


Winnie - Primeira mulher a trabalhar nos artilheiros americanos como soldadora durante a segunda guerra mundial, em 1943 | universopop.net

Revista Cipa - 04/10/2019

Para cada hora trabalhada, as mulheres latino-americanas e caribenhas recebem uma renda, em média, 17% inferior a dos homens com mesma idade, nível educacional, tipo de trabalho, entre outros fatores. A desigualdade é ainda maior no setor rural, no trabalho informal e em rendas que giram em torno de um salário mínimo. A constatação é do relatório “Mulheres no mundo do trabalho: desafios pendentes para uma equidade efetiva na América Latina e no Caribe”, divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em setembro, em Lima, no Peru.


Dados brasileiros, do IBGE, corroboram as constatações. De acordo com o Instituto, em 2018, o rendimento médio das mulheres ocupadas com idade entre 25 e 49 anos equivalia a 79,5% do recebido pelos homens nesse mesmo grupo etário. O relatório da OIT alerta para o que denomina “lacunas de gênero” e defende a renovação das políticas públicas na área.


Segundo a Organização, parte importante das limitações do progresso das mulheres reside nos lares. Segundo o estudo, a principal barreira para que as mulheres participem do mercado de trabalho é a carga de trabalho não remunerado, ou seja, em tarefas domésticas.


No Brasil, segundo a OIT, por exemplo, as mulheres dedicam, em média, 71,4% de seu tempo por semana (mais de 25 horas) com afazeres domésticos não remunerados, percentual que cai para 28,6% no público masculino.


Por Victor Faverin, da Revista Cipa.


Fonte: www.revistacipa.com.br


Cláudio Cassola é especialista em segurança e saúde do trabalho e diretor técnico da MAIS SEGURANÇA - segurança do trabalho

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