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Foto do escritorAssessoria de Comunicação

Polícia indicia quatro pessoas por morte em acidente com guindastes na GO-020

Atualizado: 19 de abr. de 2019


Guindastes caíram sobre estrutura da obra da ponte (Foto: Alexandre Cirqueira/TV Anhanguera)

G1 - 24/11/2014

Proprietário e funcionários de empresa vão responder por homicídio culposo.

Um operário morreu e dois ficaram feridos em obra de ponte da GO-020.


A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira (24) a conclusão do inquérito que investigava as causas do acidente com dois guindastes na obra de uma ponte na GO-020, entre Goiânia e Bela Vista de Goiás. O acidente matou Isaías do Espírito Santo, de 41 anos, que operava um dos equipamentos. Ao final da investigação, quatro pessoas foram indiciadas por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.


Segundo a delegada responsável pelo caso, Caroline Paim, vão responder na Justiça os representantes da empresa Mold Estruturas Pré-Fabricadas, proprietária das máquinas. Os indiciados são o sócio-proprietário da empresa, o técnico em segurança, o engenheiro civil responsável por fiscalizar a obra e o encarregado de montagem. Eles vão responder ao processo em liberdade.

O G1 entrou em contato com a Mold, mas nenhum representante da empresa estava disponível para falar sobre o caso e não houve resposta até a publicação desta reportagem. A delegada descartou a responsabilidade do acidente pela Agência Goiana de Obras e Transportes (Agetop).


De acordo a delegada, o acidente teve como causas a falha na manutenção do guindaste, a falta de um técnico em segurança no local e de equipamento de comunicação entre os operários. Para ela, o fator determinante para a gravidade do acidente foi a falta de um rádio comunicador para estabelecer a contato entre os operadores dos guindastes e os demais operários que orientavam a operação.


“A Polícia Civil constatou que essa sinalização era feita através de sinal de mão, o que dificultava muito a visão pelos operadores até porque durante a movimentação, cada um se virava de costas e era impossível visualizar o que era para ser feito naquele momento”, afirma a delegada.


Ainda segundo a investigação, minutos antes do acidente fatal houve uma pane no guindaste que foi regularizada por Isais. A delegada conta que a máquina tinha passado por uma revisão dias antes do acidente. Para Caroline Paim, como houve a pane, provavelmente a inspeção feita não foi minuciosa o suficiente.

Guindastes O acidente ocorreu no dia 21 de agosto e matou Isaías do Espírito Santo, de 41 anos, que operava um dos guindastes. Além dele, outros dois operários ficaram feridos. Um deles, o operador de guindaste Valter Luciano Ferreira, afirmou na época que acreditava que uma falha no equipamento provocou a queda.


“Eu acredito que deu algum problema na máquina na hora. Eu acredito que pode ser [falha] hidráulica”, disse o funcionário após prestar depoimento à polícia, em 27 de agosto. Conforme Valter, todos os procedimentos de segurança foram tomados, desde a verificação das condições dos equipamentos até a preparação do terreno para a realização da obra.

O operador conta que abandonou a cabine do veículo ao ver a lança do guindaste de Isaías cair. “Quando todo mundo começou a gritar, eu abri minha cabine e olhei para ele. Só vi a lança dele caindo. Eu já saí da minha máquina, decidi pular e fui arremessado para cima. Eu nunca vi isso acontecer em um guindaste”, lembrou o funcionário.


Fonte: G1


Cláudio Cassola é especialista em segurança e saúde do trabalho e diretor técnico da MAIS SEGURANÇA - segurança do trabalho

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