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Riscos da solda para a saúde


ANALYTICS BRASIL | NEDERMAN - 16/11/2018


Exposição aos fumos de solda: entenda o que diz a norma


O soldador é o profissional que trabalha com cortes e soldas de peças metálicas, como aço carbono e inox, por exemplo. O exercício dessa profissão traz riscos à saúde desse trabalhador: a exposição aos fumos de solda pode desencadear uma série de doenças, como a asma e, até mesmo, câncer.


A legislação brasileira pontua as orientações necessárias para que a integridade física dessas pessoas seja preservada. Conheça, agora, questões importantes a respeito dessa atividade, como os seus riscos, as análises adequadas e o que as normas de segurança falam sobre isso. Continue a leitura e descubra!


Os fumos de solda e as normas de segurança


A exposição aos fumos de solda pode comprometer a saúde do colaborador, uma vez que essas partículas se tratam de um particulado resultante dos metais liberados pelos processos de soldagem.


Esse particulado forma-se pela vaporização do metal exposto no processo de soldagem que, ao resfriar, se condensa e reage ao encontrar com o oxigênio presente no ambiente. Quanto menor a partícula dos fumos, maior o perigo apresentado por meio da aspiração desses componentes.


A contaminação do ambiente de trabalho compromete a produtividade e, com isso, acaba por também reduzir a lucratividade da empresa e os níveis de engajamento dos seus trabalhadores.


Para proteger a saúde daqueles que trabalham nesses ambientes insalubres, o Ministério do Trabalho aprovou, no final dos anos 1970, um conjunto de exigências e condutas relativas à segurança e a medicina do trabalho, chamado Normas Regulamentadoras (NR).


O que as normas falam a respeito


As normas regulamentadoras NR-15 e NR-9 estabelecem as diretrizes dos limites de exposição ocupacional e, consequentemente, envolvem as substâncias químicas presentes no fumo de solda. Conheça cada uma delas!


Norma Regulamentadora nº. 9


NR-9 trata-se do “Programa de prevenção de riscos ambientais”, que é responsável por estabelecer às empresas a obrigatoriedade de elaborar e implementar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).


O PPRA tem como objetivo preservar a saúde e a integridade dos colaboradores, por meio da prevenção, avaliação e controle dos riscos ambientais que existem ou possam existir no ambiente de trabalho, protegendo o meio ambiente e os recursos naturais.


Essa norma é bastante abrangente e compreende todos os agentes químicos, físicos e biológicos que o local de trabalho pode apresentar, além da intensidade e dos níveis de concentração de cada um. Funcionários contratados por empresas que atendem aos requisitos dessa norma trabalham com mais tranquilidade e podem exercer suas funções com segurança.


Norma regulamentadora nº. 15


A NR-15 propõe, em seu texto, a definição das atividades que são consideradas insalubres. O anexo 11, intitulado “Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção do local de trabalho” concede uma tabela com os níveis de exposição que identificam a insalubridade e se os limites são válidos para inalação desses elementos.


A concentração mínima de oxigênio em ambientes de risco deve respeitar os 18% em volume. Caso esteja abaixo desse nível, é considerada risco grave e iminente ao ambiente.


Caso os limites de tolerância sejam ultrapassados, o empregador deverá pagar o adicional de insalubridade para os trabalhadores envolvidos. Por isso, deve ser feita uma análise química dos agentes gerados pelo processo de solda, a fim de obter as concentrações destes para posterior comparação com o limite.


A importância da análise


Realizar uma análise do ambiente é um passo um pouco mais complexo e, devido a sua importância, deve ser feito por um laboratório especializado nesse serviço.


Esse apoio é imprescindível para trazer segurança e bem-estar aos colaboradores, impactando diretamente na redução de custos da empresa, uma vez que um ambiente saudável promove a diminuição do absenteísmo e prevenção em possíveis ações trabalhistas.


Trabalhadores que laboram inalando esses elementos nocivos à saúde podem ser acometidos de um mal estar ou desenvolver uma grave doença. A análise se faz importante para verificar a concentração dos agentes tóxicos no local de trabalho, mantendo a conformidade com a legislação.


Análises incorretas podem prejudicar a quantificação dos mesmos e levar a uma tomada de decisão de maneira equivocada. Isso prejudica a empresa, pois expõe a equipe, desperdiça recursos, reduz a produtividade e, possivelmente, faz com que a companhia seja multada.


Componentes que comumente estão presentes nas soldas


Deve-se realizar uma caracterização da composição do eletrodo/vareta de solda e o metal base a fim de identificar os principais metais presentes nos processos de soldagem e que podem afetar a saúde dos trabalhadores, entre eles os mais comuns:

- cobre;

- alumínio;

- ferro;

- cádmio;

- chumbo;

- cromo;

- zinco;

- níquel;

- manganês.


Além dessas substâncias, em soldas que utilizam arco elétrico com MIG/TIG podem ser gerados contaminantes como gás ozônio, óxido de nitrogênio e dióxido de nitrogênio. Cada um desses componentes tem seu próprio método de análise ideal.


Riscos da exposição aos fumos de solda


A exposição aos fumos de solda traz diversos danos à saúde do trabalhador. Por serem pequenas o suficiente para que sua inalação aconteça, podem causas sérios problemas nos pulmões do profissional.


Asma, ulcerações de pele, dermatite, infertilidade, infarto, problemas no septo nasal, câncer de pulmão e outras doenças pulmonares são desencadeados em pessoas que ficam expostas às substâncias tóxicas.


Perceba que todas essas estão ligadas às vias respiratórias, e a prevenção é medida obrigatória para aqueles que se preocupam com a integridade da sua equipe.


Medidas de prevenção


Os exaustores desempenham uma importante função na prevenção a esses riscos. Dissipar os gases e os fumos produzidos de maneira incorreta é fundamental para que não ocorra o surgimento de doenças ocupacionais.


Assim como os sistemas de ventilação e filtragem adequados, o uso de EPI’s também deve ser rigorosamente cumprido e controlado. Porém, esta é a ultima opção, segundo a hierarquia da medida de controle.


A exposição aos fumos de solda pode ser extremamente perigosa para a saúde do trabalhador, mas com as medidas necessárias de análise e prevenção para proteger a integridade dessas pessoas é possível que as atividades sejam desempenhadas com segurança, garantindo a qualidade de vida e tranquilidade aos profissionais.



Resumindo


Como se proteger contra os perigosos fumos de solda


Soldadores enfrentam uma série de riscos advindos de substâncias perigosas que podem causar seu afastamento  do trabalho por motivos de doença ou até aposentadoria prematura: os fumos metálicos. Diferentes métodos de solda originam diferentes quantidades de fumos contendo várias concentrações de substâncias perigosas. Entre os elementos de alto risco estão o crômio hexavalente Cr (VI), o manganês, o níquel e o chumbo.

O tamanho das partículas (0,01-1μm) afeta o grau de toxicidade dos fumos. Quanto menores as partículas, mais perigosas elas são porque são mais fáceis de passar pelo sistema respiratório e alcançar os pulmões. A quantidade e tipo de fumos formados depende dos parâmetros de solda e dos materiais de base, por isso é  impossível afirmar que um método é sempre melhor ou pior que outro. A tendência é que a solda MIG/MAG e TIG sejam cada vez mais usadas. Esses métodos normalmente conduzem a um ambiente de trabalho melhorado.

Principais riscos com a solda

Os riscos associados a diferentes processos de solda e materiais revestidos. Doenças sérias relacionadas com a exposição a vários tipos de fumos de solda incluem as seguintes:

- Câncer dos pulmões, intestinos, fígado

- Danos no cérebro

- Doenças neurológicas

- Capacidade pulmonar reduzida

- Pneumonia

- Asma

- Doenças da pele

- Alergias

- Problemas de fertilidade

Soluções para a exaustão do local de trabalho

É possível obter um ambiente de trabalho bom e seguro, reduzindo número de faltas por doença e prevenindo a aposentadoria prematura. Um bom ambiente de trabalho significa que o produto final será superior e a produtividade será mais alta. Um negócio de sucesso precisa de condições de trabalho seguras e decentes.

A exaustão na fonte é o método mais eficiente para coletar e remover os fumos de solda. Escolha a solução mais eficiente para seu local de trabalho! Existem diferentes soluções para eliminação de pó, fumos e partículas. A escolha da solução correta depende do tipo e da frequência do seu processo.


Partículas de fumos metálicos gerados em 2 semanas de solda.

Um único soldador produz 20-40 g de fumos por hora, o que corresponde a cerca de 35-70 kg por ano.


Fonte: analyticsbrasil.com.br | nederman.com



Cláudio Cassola é especialista em segurança e saúde do trabalho e diretor técnico da MAIS SEGURANÇA - segurança do trabal

11 3422-2996 | 99663-3573 (WhatsApp)


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